A securitização é o processo pelo qual são criados títulos negociáveis que têm como lastro créditos a receber de terceiros.
Soa complicado, não é? Vejamos com mais detalhes: imagine uma empresa que vendeu seus produtos a prazo e que, portanto, tem certo volume de créditos a receber. Digamos que surgiu uma ótima oportunidade de negócio, mas a empresa não dispõe de recursos para investir.
Uma opção para obter recursos rapidamente é ceder os créditos que tem a receber para uma securitizadora, em troca de um valor antecipado. Por sua vez, a securitizadora irá reunir os créditos que tem a receber desta e de outras empresas, e irá emitir títulos que serão oferecidos a investidores, e que terão como garantia os créditos a receber.

E quais as vantagens da securitização?

A primeira vantagem é um financiamento mais barato. Como a garantia são os créditos a receber, a securitizadora não utiliza recursos próprios para o financiamento, o que pode diminuir o custo da captação e, consequentemente, resultar em menores taxas de juros.

Por sua vez, a empresa que antecipa seus créditos consegue equilibrar melhor suas contas, sem recorrer ao sistema bancário. Consegue assim, aumentar sua liquidez, com uma fonte adicional de financiamento.

Já os investidores podem diversificar suas aplicações. A securitização pode dar origem a títulos com diferentes prazos, perfis de risco variados e opções exclusivas de investimento.
As debêntures, por exemplo, são ótimas opções de renda fixa, e podem ser compostas de diversas dívidas, o que diminui o risco de inadimplência em uma delas.