Os juros consignados são uma modalidade de empréstimo na qual as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício do tomador, geralmente servidores públicos, aposentados e pensionistas. Essa forma de crédito oferece taxas de juros mais baixas em comparação com outras opções, devido à garantia de pagamento proporcionada pela fonte de renda estável.

O teto da taxa do consignado refere-se ao limite máximo estabelecido pelo governo para os juros cobrados nesse tipo de empréstimo. No Brasil, por exemplo, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) havia fixado, em março, um limite para os juros consignados de 1,97% ao mês, e de 2,89% ao mês para o cartão de crédito consignado. Além disso, existe uma margem consignável, que é o percentual máximo do salário ou benefício que pode ser comprometido com empréstimos consignados.

Contudo, como era de se esperar, a redução da taxa básica de juros da economia repercutiu sobre os juros do consignado. Na última reunião do Comitê de Política Monetária, no início do mês, teve início um novo ciclo de redução dos juros básicos. A chamada taxa Selic – Sistema Especial de Liquidação de Crédito, referência para o conjunto da economia - diminuiu de 13,75% para 13,25% ao ano.

Neste novo cenário, o CNPS aprovou um corte dos juros do consignado para 1,91% ao mês, e 2,83% para os juros do cartão. A tendência é de novos cortes na taxa básica de juros nos próximos meses, alcançando até 11,75% no final do ano.

O teto e a margem consignável têm o objetivo de proteger os tomadores de empréstimos, evitando que sejam cobradas taxas excessivamente altas e garantindo que os pagamentos se mantenham acessíveis. No entanto, é importante estar atento às condições oferecidas pelas instituições financeiras e comparar diferentes ofertas antes de optar por um empréstimo consignado, a fim de garantir as melhores condições para o seu perfil financeiro.