O segmento das microfinanças é aquele que oferece produtos e serviços voltados aos clientes de baixa renda, que historicamente são excluídos do mercado financeiro. São seguros, financiamentos, antecipação de recebíveis e empréstimos, muitas vezes inacessíveis àqueles com menor capacidade de pagamento.

O microcrédito é um desses produtos, o crédito de pequenos valores com pouca ou nenhuma exigência de garantia. O microcrédito tornou-se uma opção para quem precisa de liquidez ou deseja empreender, por oportunidade ou necessidade. O Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), criado em 2005, atende a essa demanda. Microempreendedores rurais e urbanos com receita bruta anual de até R$ 81 mil, se microempreendedores individuais, ou R$ 360 mil, se microempresas, podem solicitar recursos junto às entidades que oferecem essa linha de crédito.

Para além do PNMPO, em março deste ano foi criado o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital, que oferece entre R$1 mil e R$3 mil com juros baixos, mesmo que o tomador do empréstimo esteja negativado. O empréstimo é feito online através de aplicativo de celular. A expectativa do governo federal é atender até 4,5 milhões de empreendedores. Um alento para quem tem dívidas e estímulo pontual para a economia.

Em 2021, a entidades da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED) liberaram R$ 858,4 milhões contra R$ 691,4 milhões no ano anterior, crescimento nominal de 24%. Para esse ano, o crescimento previsto pela ABCRED é de 20%.

Vale o registro, somente no ano passado foram criadas quase 4 milhões de novas microempresas individuais. É sinal dos tempos, o mercado de trabalho ainda está distante do ideal, sua reação mais recente se deu nos serviços, e com expressiva participação do trabalho informal. Além disso, as novas tecnologias oferecem oportunidades de ocupação e possibilidades de empreender. Neste caso, microcrédito pode conferir o capital adequado para o microempreendedor alcançar melhores resultados.