Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) 

Os bancos, para manter a liquidez e atender à regulação, emprestam uns para os outros. A taxa de juros média apurada sobre estes empréstimos, com vencimento diário, é a taxa do CDI. Essa taxa acaba desempenhando um papel de referência para os bancos e, portanto, para mercado financeiro. É muito comum que as remunerações de várias opções de investimento sejam comparadas ao CDI.  

Por exemplo, se uma aplicação rende 110% do CDI, e se o CDI permanece estável em 5% ao ano, então, a aplicação em questão rende 110% x 5% = 5,5% de rendimento ao ano.  

Taxa Selic 

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. O nome Selic vem de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, este sistema registra os empréstimos interbancários que têm títulos públicos como garantia. Estes empréstimos, com vencimentos diários, são feitos para que os bancos mantenham níveis adequados de reservas, voluntárias ou compulsórias, junto ao Banco Central. A taxa Selic é a taxa média que remunera estas transações. Como é um volume expressivo de recursos, a Selic desempenha papel de referência para os bancos e para o sistema financeiro como um todo. Quando aumenta ou diminui a taxa Selic, as demais taxas de juros da economia acompanham. 

Renda Fixa  

São aqueles investimentos em que o cálculo da remuneração é conhecido a priori. Ou seja, a remuneração é dada por uma fórmula específica, desde o início da aplicação você conhece o prazo, a forma de pagamento e os juros. Na prática, é como um empréstimo para um banco, uma empresa ou para o Tesouro Nacional. Você adquire títulos que serão resgatados depois de certo prazo de vencimento, ou serão revendidos no mercado secundário. São três as principais modalidades: 

Pré-fixados: como o nome indica, a taxa de juros é definida no início da aplicação. O investimento em títulos pré-fixados é mais interessante quando a perspectiva é de redução das taxas de juros da economia, pois o investidor mantém um retorno mais alto, caso a perspectiva se concretize. 

Pós-fixados: aqui a taxa de juros é formada posteriormente, conforme o movimento dos juros da economia. Assim, é mais indicado quando a perspectiva é de aumento dos juros, pois neste caso, o aplicador verá seus rendimentos aumentarem caso esteja correto em suas expectativas. 

  Híbridos: a remuneração equivale à inflação somada a uma determinada taxa de juros. Ou seja, tem uma parcela variável, que acompanha a inflação, e deste modo protege o investidor da elevação de preços, e outra fixa, conforme a taxa de juros pré-fixada.  

Alguns dos principais investimentos de renda fixa são mostrados na tabela abaixo. 

Renda Variável 

Nos investimentos em renda variável, o cálculo da remuneração não é conhecido quando da aplicação. Ou seja, a remuneração não acompanha uma fórmula estabelecida, na verdade, varia conforme os movimentos do mercado. Ao invés de o aplicador emprestar dinheiro a quem emite o título de renda variável, é como se o aplicador adquirisse parte do capital do emissor. As principais aplicações de renda variável são: 

Ações: que são parcelas do capital das empresas. Quando uma empresa vai bem, seu valor aumenta, e como isso o valor de suas ações. Quem compra ações na baixa e vende no momento de alta ganha para si a diferença. As empresas também distribuem dividendos aos acionistas. 

Fundos de investimento: representam grupos de investidores. São como condomínios de investidores que desejam aplicar seus recursos em conjunto, obtendo os benefícios da concentração de grandes volumes de recursos. Há diferentes tipos de fundo, conforme o modo como aplicam seus recursos. Os Fundos imobiliários investem em empreendimentos imobiliários; os Fundos Multimercados em aplicações diversas, renda fixa, variável, moedas, etc. 

Outros investimentos de renda variável: opções, contratos futuros, moedas e outros. É claro, essa modalidade de investimento é mais indicada para quem tem perfil menos conservador, e está mais disposto a assumir riscos.