Há mais de dez anos o governo brasileiro reconheceu a importância do tema e elaborou a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF). Trata-se de um conjunto de diretrizes e recomendações que vão desde a inclusão de conteúdos nos currículos escolares às dicas para a instrução de adultos, passando pela sensibilização das pessoas para este aspecto da vida.   

E não é por acaso. Estudos já comprovaram o impacto de longo-prazo da educação financeira. O uso mais consciente do crédito, a preferência pelas modalidades com menores taxas de juros e, possivelmente, a disposição para o empreendedorismo, são alguns dos efeitos de longo-prazo da educação financeira. 

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2005), a educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar”. 

Trocando em miúdos: a educação financeira ensina conceitos básicos de finanças para que você cuide melhor do seu bolso. O objetivo é capacitá-lo a tomar melhores decisões, evitando aquelas situações indesejadas como o excesso de dívidas, a falta de dinheiro para aproveitar uma oportunidade ou para lidar com um imprevisto. Por exemplo, a educação financeira te ensina a: 

- Entender o que são os juros e com influenciam sua vida financeira; 

- Consumir de forma consciente; 

- Escolher a melhor modalidade de crédito de acordo com seu objetivo; 

- Planejar gastos, administrar melhor suas dívidas, seu orçamento pessoal e familiar; 

- Pensar no futuro, economizar e diminuir os riscos que todos enfrentamos. 

Para tudo isso há método, e por isso a educação financeira é tão importante, daí a necessidade da estratégia nacional. A ENEF foi criada pelo Decreto Federal 7.397/2010, depois renovada pelo Decreto Federal nº 10.393/2020. Seus dois documentos norteadores são: Orientações para a Educação Financeira nas escolas e Orientações para a Educação Financeira de adultos. Além de apontar caminhos para a inclusão do tema nos currículos escolares, instituições públicas e privadas passaram a oferecer cursos e material de divulgação e apoio à ENEF. Por exemplo, o Banco Central oferece cartilhas e informações de ótima qualidade. 

Você também encontra dicas de educação financeira aqui, no Blog da Euro17.